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A LEI DE MOISÉS E A LEI DE CRISTO

14855 Lido

EMENTA

Deus estabeleceu a lei de Moisés (antiga aliança) nos tempos do Antigo Testamento e a lei de Cristo (Nova Aliança) nos tempos do Novo Testamento. Neste livro, Senhor Ahnsahnghong ensinou que os mandamentos do primeiro ao quarto, que são “aqueles para adorar a Deus” entre os dez mandamentos, se cumprem através das festas de Deus. Ele também ensinou que essas festas foram mudadas na lei de Cristo (Nova Aliança). Ele testemunhou que a Igreja de Deus, que guarda as festas da Nova Aliança nesta época, é o filho da promessa que cumpriu as profecias da Bíblia e é a igreja que recebe a bênção do Espírito Santo da chuva serôdia.

PREFÁCIO

O propósito mais importante em estudar a Bíblia é compreender como o sangue precioso de Cristo dá a vida eterna por exercer certo tipo de graça em nós. Hoje, a razão de estudar as leis do Antigo Testamento é porque podemos experimentar o amor de Cristo e compreender o plano da salvação de Deus, escondido pelos séculos dos séculos. Tudo isso é a sabedoria e a providência de Deus para que nós possamos saber o presente através do passado e o futuro, através do presente.

A história da família de Abraão, nosso antepassado da fé, é uma profecia. Isaque, nascido de Sara, a mulher livre, e Ismael, nascido de Agar, a escrava, representam as duas alianças: Ismael, nascido de Agar, representa a antiga aliança, isto é, a Lei de Moisés, que sairia do monte Sinai (Jo. 7:19); e Isaque, nascido de Sara, representa a nova aliança, isto é, a Lei de Cristo, que sairia de Sião. A Lei de Moisés não era a realidade, mas era a sombra da Lei de Cristo que viria depois. Foi assim que através da Lei de Moisés Deus abriu um caminho à Lei de Cristo para que nossos escuros corações possam repousar na graça brilhante da Lei de Cristo.

Agora, se vocês estudarem este livro, ouvirão a voz misericordiosa de Deus que conduz as suas almas, que têm vagado nas trevas, ao caminho da vida e de alegria e ao reino dos céus.

Este livro é uma junção de alguns livretos escritos pelo Senhor Ahnsahnghong, reunidos em um só volume. Esperamos que vocês estudem cuidadosamente este livro até que a estrela da alva nasça em seus corações, e que participem do brilhante trono da vida eterna.

ÍNDICE

  • Capítulo 1 Os dez mandamentos e a lei da letra
  • Capítulo 2 A Nova Aliança e a Antiga Aliança
  • Capítulo 3 Os estatutos da Nova Aliança
  • Capítulo 4 A árvore da vida e os dez mandamentos
  • Capítulo 5 A conversão da antiga aliança em Nova Aliança
  • Capítulo 6 A Jerusalém celestial e a Jerusalém terrestre
  • Capítulo 7 A ordem de Arão e a ordem de Melquisedeque
  • Capítulo 8 Os filhos da promessa
  • Capítulo 9 O Espírito Santo da chuva serôdia
  • Capítulo 10 Os ensinos bíblicos sobre a comida

Capítulo 1 Os dez mandamentos e a lei da letra

Que relação têm os dez mandamentos com a lei da letra, chamada de o aio no Novo Testamento? Quando Deus declarou a Moisés os dez mandamentos, disse o seguinte:

Êx. 24:12 『[…] dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares.』 E o apóstolo Paulo escreveu aos romanos da seguinte forma:

Rm. 7:5-7 『Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.』 Como se vê acima, a lei, os mandamentos e a letra, têm o mesmo significado. Como está escrito:

2Co. 3:6-7 『o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se, o ministério da morte, gravado com letras em pedras, […]』

Ef. 2:15 『Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças.』

Hb. 7:16 『Constituído não conforme a lei de mandamento carnal.』

Hb. 7:18-19 『Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma).』 Os versículos acima mostram que os dez mandamentos escritos em pedras contêm certas partes que pertencem à lei da letra.

Se estudarem detalhadamente os versículos anteriores sobre a lei da letra, podem saber que os dez mandamentos são as partes da lei da letra. Portanto, a antiga aliança que inclui os dez mandamentos, tem sido totalmente convertida na nova aliança (Ref. Hb. 7:12).

Os dez mandamentos e as festas

Na Lei de Moisés, os dez mandamentos são chamados de a aliança, e as festas também são chamadas de a aliança. Enquanto Moisés estava no monte Sinai durante 40 dias para receber os dez mandamentos pela segunda vez, Deus, ao declarar todas as leis, anunciou as sete festas de três tempos, estabelecendo uma aliança conforme o significado das festas, e deu a Moisés as tábuas de pedra da aliança (Ref. Êx. 34:18-28).

Êx. 34:27-28 『Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras (segundo o significado das sete festas de três tempos), fiz aliança contigo e com Israel. E, ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.』

Dt. 4:13-14 『Então, vos anunciou ele a sua aliança, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra. Também o SENHOR me ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os cumprísseis na terra a qual passais a possuir.』

Dt. 5:2-3 『O SENHOR, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o SENHOR esta aliança, e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos.』 E no livro de 2 Reis, está escrito que os israelitas guardaram a Páscoa de acordo com as palavras da aliança (Ref. 2Rs. 23:1-3, 21-23). E o apóstolo Paulo escreveu aos hebreus:

Hb. 9:1-7 『Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. […]』

Sobre a festa, o Dia da Expiação, Paulo disse: “A primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado”. Portanto, os dez mandamentos são as palavras da aliança dadas a nós, e dentre eles, os mandamentos do primeiro ao quarto são as palavras da aliança para adorar só a Deus. A única maneira de ser fiel a Deus é guardar as palavras da aliança, isto é, as festas solenes de Deus. Em verdade, os dez mandamentos, as festas e o santuário pertencem a um só sistema que não pode se separar.

Is. 33:20 『Olha para Sião, a cidade das nossas solenidades; […]』

Hb. 9:1 『Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre.』

Hb. 9:18-20 『Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros.』 Na verdade, por causa dos dez mandamentos foi construído o santuário, e por causa do santuário foram estabelecidas as festas solenes.

Portanto, os dias grandes de Jeová indicam as suas festas solenes (Comp. Lv. 16:29-31, Jo. 7:37, 19:31). Nos tempos antigos, os israelitas foram amaldiçoados por terem abolido esta aliança (Ref. Is. 24:1-5). Porém, quando eles guardavam as festas depois de compreendê-las, podiam ser abençoados.

Os mandamentos do quinto ao décimo são para com os homens, mesmo que eles guardem tais mandamentos, isso não significa ser fiel a Deus. Estes são para o bem entre as pessoas, não para Deus (Ref. Jó 35:6-8). Aqueles que pensam que os dez mandamentos são diferentes das festas, são os que não entendem a antiga aliança nem a nova aliança.

Alguns dizem: Pois os dez mandamentos foram postos na arca da aliança e o Livro da Lei foi colocado fora da arca (Dt. 31:24-26), os dez mandamentos na arca permanecerão para sempre, mas o Livro da Lei que estava junto à arca foi abolido pela cruz de Jesus.

Então, primeiro devemos estudar as questões sobre os dez mandamentos e o Livro da Lei. Este Livro da Lei posto ao lado da arca indica Deuteronômio incluindo Êxodo, Levítico e Números. No 40º ano a contar desde que os israelitas saíram do Egito, Moisés reuniu todo o povo de Israel na terra de Moabe, no primeiro dia do décimo primeiro mês logo antes de entrar em Canaã, e nesse tempo ele explicou as palavras de Deuteronômio e as escreveu (Comp. Dt. 1:1-5, 27:11, 31:22-26).

Ao ver o conteúdo deste livro, esse contém os dez mandamentos e as suas explicações detalhadas (Comp. Dt. 4:12-14, 5:1-21, 29:1), e os estatutos sobre o que deve se comer e sobre o dízimo (Dt. 14:3-21, 22-23). Se alguém disser que o Livro da Lei que contém os dez mandamentos foi abolido, esse é quem insiste que o dízimo, os estatutos da comida e até os dez mandamentos foram abolidos. Isso porque no livro de Deuteronômio estão escritos os dez mandamentos, o dízimo e até os estatutos da comida. Por esta razão, se o livro de Deuteronômio tivesse sido abolido, estes três temas também teriam sido abolidos logicamente. A razão de o Livro da Lei ter sido colocado junto à arca, foi porque este livro tem os escritos detalhados sobre os dez mandamentos. Portanto, se os dez mandamentos forem explicados um por um, essas explicações são como segue:

Os mandamentos para com os homens

Êx. 20:12 『Honra teu pai e tua mãe.』 Este mandamento está detalhadamente explicado no Livro da Lei:

Êx. 21:15 『Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto.』

Êx. 21:17 『Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto.』

Dt. 21:18-21 『Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos, seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos anciãos da cidade, à sua porta, e lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão. Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti.』

Dt. 27:16 『Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém!』

Dt. 5:17 『Não matarás.』 Sobre este mandamento, está escrito:

Êx. 21:12-14 『Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto. Porém, se não lhe armou ciladas, mas Deus lhe permitiu caísse em suas mãos, então, te designarei um lugar para onde ele fugirá. Se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra.』

Êx. 22:2-3 『Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue. Se, porém, já havia sol quando tal se deu, quem o feriu será culpado do sangue.』

Dt. 19:4-6 『Este é o caso tocante ao homicida que nelas se acolher, para que viva: aquele que, sem o querer, ferir o seu próximo, a quem não aborrecia dantes.』

Dt. 5:18 『Não adulterarás.』 Sobre este mandamento, está escrito:

Lv. 20:10-22 『Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera. O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles. Se um homem se deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá sobre eles.』

Dt. 22:23-30 『Se houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis até que morram.』 Além de tudo isso, há mais explicações sobre o adultério.

Dt. 5:19 『Não furtarás.』 Sobre este mandamento, está escrito:

Êx. 22:1-9 『Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi pagará cinco bois, […] o ladrão fará restituição total. Se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.』

Dt. 24:7 『Se se achar alguém que, tendo roubado um dentre os seus irmãos, dos filhos de Israel, o trata como escravo ou o vende, esse ladrão morrerá. Assim, eliminarás o mal do meio de ti.』

Além do mais, as explicações detalhadas sobre o mandamento “não furtarás” estão escritas no Livro da Lei de Moisés (Ref. Dt. 24:10-22, 28:1-68).

O Primeiro Mandamento e a sua interpretação

Assim como as explicações detalhadas sobre os mandamentos anteriores para com os homens estão escritas no Livro da Lei, também nele estão escritas as explicações detalhadas sobre os mandamentos para com Deus. Os dez mandamentos que Deus deu a Moisés são as duas tábuas de pedra, gravadas de ambos os lados. (Êx. 32:15-16, 34:28-29). Na primeira tábua estão escritos os mandamentos para com Deus, do primeiro ao quarto, e na segunda estão escritos os mandamentos para com os homens, do quinto ao décimo. A razão por que os mandamentos do primeiro ao quarto são chamados de os mandamentos para com Deus, é porque o dia de repouso e todas as festas de Deus são os mandamentos de adorar só a Deus, segundo os estatutos no santuário.

Então, o que se deve fazer para guardar o primeiro mandamento?

A Bíblia diz: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx. 20:3). Este mandamento contém os dois mandamentos: Um é não adorar outros deuses, e outro é adorar só a Deus.

A única maneira de adorar a Deus sem adorar outros deuses é celebrar a Páscoa, pois este dia da Páscoa é o dia em que foi libertado do Egito, da casa da escravidão e da morte.

O primeiro mandamento “não terás outros deuses diante de mim”, não é uma exigência ditatorial de Deus, porque existe uma razão de adorar a Deus. Isso porque Deus tirou o seu povo do Egito, da terra da servidão (Comp. Êx. 13:3-10, 12:17). Assim, Deus nos ordenou celebrar o dia da redenção como solenidade a si mesmo pelas nossas gerações por estatuto perpétuo.

Por esta razão, o primeiro mandamento e a Páscoa começam de uma mesma declaração: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Dt. 5:6-7, Êx. 20:2-3). Quando Deus mencionou a Páscoa, também disse: “Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o SENHOR vos tirou de lá” (Comp. Êx. 13:3-10, 12:17, Dt. 16:1-17). Em outras palavras, isto pode se explicar da seguinte forma: “Pois eu os tirei do Egito, da casa da servidão, através do sangue do meu sacrifício, será que eu não sou seu Salvador?” Portanto, Deus disse para adorar a si por celebrar esse dia em memória do dia da libertação, não adorando nenhum outro deus.

Não há muitos que compreendem corretamente sobre o primeiro mandamento. O maior mistério de Deus está no primeiro mandamento. E, as pessoas comuns só ouviram sobre o primeiro mandamento, mas elas não sabem nada do princípio do primeiro mandamento. Por esta razão, um intérprete da lei tentou provar Jesus, perguntando: “Se você é verdadeiro profeta, você sabe o grande mandamento?” Como está escrito:

Mt. 22:35-40 『E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.』

Entre os registros de todos os profetas, a pessoa que cumpriu o primeiro mandamento amando Deus, de todo o coração, de toda a mente e de toda a vontade, foi o rei Josias. Como está escrito:

2Rs. 23:25 『Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual.』

Está escrito que o rei Josias cumpriu todas as leis de Moisés. O fato de que ele guardou a Páscoa, o primeiro mandamento, de todo o seu coração, e de toda a sua alma e de todas as suas forças, foi o motivo do seu êxito. Como está escrito:

2Rs. 23:21-25 『Deu ordem o rei a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao SENHOR, vosso Deus, como está escrito neste Livro da Aliança. Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram Israel, nem durante os dias dos reis de Israel, nem nos dias dos reis de Judá. Corria o ano décimo oitavo do rei Josias, quando esta Páscoa se celebrou ao SENHOR, em Jerusalém.』

Assim como se vê nas obras do rei Josias, Jesus também testificou claramente sobre a Páscoa que é o primeiro mandamento de Deus, falando: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Comp. Mt. 22:37-38, 2Rs. 23:21-25). De fato, esta palavra foi dita para indicar a Páscoa.

Quando Moisés discorreu diante de toda a congregação de Israel, disse o seguinte sobre a Páscoa:

Dt. 6:4-9 『Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.』

Aqui, a palavra “também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal”, se refere à observância da Páscoa.

Êx. 13:9-10 『E (a Páscoa) como sinal na tua mão e por memorial entre teus olhos; para que a lei do SENHOR esteja na tua boca; pois com mão forte o SENHOR te tirou do Egito. Portanto, guardarás esta ordenança no determinado tempo, de ano em ano.』

Portanto, a palavra “amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”, foi dita para indicar a Páscoa.

A Páscoa destrói todos os outros deuses

Se vocês estudarem a palavra: “Não terás outros deuses diante de mim”, compreenderão que o primeiro mandamento indica a Páscoa. A Páscoa, por ser o primeiro mandamento, chega a ser a condição de adorar a Deus que nos tirou do Egito, da casa da servidão, não adorando outros deuses. Isso porque todos os outros deuses são destruídos ao guardarmos a Páscoa de Deus. Mas, se não guardarmos a Páscoa, outros deuses nos invadirão sem que percebamos.

Êx. 12:12, Nm. 33:4 『Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.』

Alguns pensam que a palavra “executarei juízo sobre todos os deuses”, somente se refere ao Êxodo. Mas, em qualquer época, caso os israelitas não guardassem a Páscoa, chegavam a adorar outros deuses, construindo os altares e imagens de Asera, e assim os médiuns e feiticeiros se multiplicavam em Israel. No entanto, ao guardarem os israelitas novamente a Páscoa de Deus com a ajuda de um profeta enviado por Ele, todos os outros deuses, ídolos, médiuns e até feiticeiros foram destruídos.

Nos tempos do rei Ezequias e do rei Josias, toda a terra estava cheia de ídolos porque a Páscoa não havia sido celebrada por muito tempo. Quando eles guardaram a Páscoa novamente, os seus olhos foram abertos, e aí eles puderam ver que todas as aldeias de Judá e Jerusalém estavam cheias de médiuns, feiticeiros, ídolos e todas as abominações; e os destruíram (Ref. 2Rs. 23:21-24, 2Cr. 30:1-5, 31:1). Além disso, depois de terem guardado a Páscoa, os sacerdotes oravam pelo povo, e a sua oração chegou aos céus.

2Cr. 30:27 『Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram para abençoar o povo; a sua voz foi ouvida, e a sua oração chegou até à santa habitação de Deus, até aos céus.』

O rei Ezequias e o rei Josias, por não guardarem a Páscoa durante muito tempo, adoravam todos esses ídolos antes de destruí-los. Mas, todos os ídolos foram destruídos por terem celebrado a Páscoa de Deus. Isso porque Deus já estabeleceu a Páscoa por “dia do juízo de todos os ídolos” ao saírem os israelitas do Egito. Em qualquer época, se o povo de Deus guardar a Páscoa, outros deuses serão destruídos por receberem o juízo. Se não guardar a Páscoa, adorará a outros deuses sem se dar conta disso.

Muito tempo atrás, quando o rei Jeroboão de Israel proibiu ao povo guardar as festas de Deus, fez dois bezerros de ouro, e pôs um em Betel, e o outro em Dã; e disse: “Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito” (1Rs. 12:25-33).

Estes bezerros de ouro e ídolos feitos pelo rei Jeroboão no ano 975 a.C., para impedir as pessoas de celebrarem as festas de Deus, eram adorados por 300 anos até ao rei Josias. Quando o rei Josias leu o Livro da Lei que havia sido encontrado no templo, ele compreendeu a Páscoa, e destruiu todos os ídolos, altares e altos (Ref. 2Rs. 22:1-20, 23:15-20), e depois de celebrar a Páscoa, destruiu completamente todos os restantes ídolos e feiticeiros (2Rs. 23:21-24).

Assim desta forma, até hoje, as pessoas que abandonam esse dia que Jesus deu por Nova Aliança, arranjam outro dia para celebrá-lo, assim como o rei Jeroboão pôs ídolos e fixou outro dia como o dia de festa. Sobre isso, o profeta Ezequiel escreveu:

Ez. 11:12 『E sabereis que eu sou o SENHOR. Pois não andastes nos meus estatutos, nem executastes os meus juízos; antes, fizestes segundo os juízos das nações que estão em redor de vós.』

Tanto no passado quanto no presente, quando as pessoas não guardam as leis de Deus, finalmente chegam a observar os outros dias comemorativos, isto é, os estatutos dos gentios. Assim, se não celebrarem a Páscoa estabelecida por Deus no seu tempo determinado, eles chegam a adorar outros deuses.

Alguns insistem que a Páscoa é apenas para os israelitas físicos, dizendo que esta já foi abolida através da cruz. Nos tempos do Antigo Testamento, o pensamento dos que não guardaram a Páscoa foi assim: A Páscoa foi necessária para saírem do Egito, porém, a partir desse tempo, pensando adorar a Deus com uma maneira melhor que antes, fizeram ídolos e os adoraram. Até agora, se não compreenderem o princípio da obra de redenção, passarão a pensar assim dessa forma. Entretanto, na verdade, a Páscoa não foi dada somente aos israelitas físicos, mas aos israelitas espirituais em todo o mundo, como o dia importante da redenção.

Na época do Antigo Testamento, a Páscoa pela qual os israelitas saíram do Egito e entraram em Canaã, não foi estabelecida para os israelitas físicos, mas sim para os israelitas espirituais. A noite da Páscoa foi chamada de “a noite do SENHOR” (Êx. 12:42).

A Páscoa guardada no Egito era uma sombra, e Jesus, por dar novo mandamento, isto é, os estatutos da nova aliança celebrando a última Páscoa junto com seus discípulos (Comp. Lc. 22:20, Hb. 9:15), cumpriu a forma real da Páscoa, e assim se tornou o dia de salvar o seu povo da escravidão do pecado em todo o mundo. Celebrar este dia é o requisito para adorar Jesus que nos salvou, não adorando outros deuses. A cruz não aboliu a Páscoa mas sim a iluminou mais brilhantemente.

Alguns dizem que na época do Antigo Testamento a Páscoa podia ser considerada como o primeiro mandamento pois as festas solenes se consideravam importantes. Mas, se a Páscoa no Antigo Testamento foi o primeiro mandamento, também deve ser o primeiro mandamento no Novo Testamento porque o Antigo Testamento é uma sombra, e a sua realidade é o Novo Testamento.

O segundo mandamento e a sua interpretação

A vontade de Deus ter dito como o segundo mandamento “não farás para ti imagem de escultura” (Dt. 5:8-10), pode se ver no seguinte:

Dt. 4:15-19 『Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo.』

Êx. 20:22-24 『Vistes que dos céus eu vos falei. Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem deuses de ouro fareis para vós outros. Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.』 Todas estas palavras estão escritas no Livro da Lei que estava junto à arca.

Este segundo mandamento “não farás para ti imagem de escultura”, torna a ser violado não apenas por fazer ídolos, mas também certamente por quebrar o primeiro mandamento como vemos no caso do rei Jeroboão que fez os ídolos e os adorou quando violou o primeiro mandamento de Deus.

Assim desta forma, a idolatria não é apenas a obra de fazer imagens e de adorá-las, mas também o ato de guardar os outros estatutos por criá-los, violando os estatutos estabelecidos por Deus. Por exemplo, embora tendo o dia de repouso sido estabelecido por Deus, se alguém diz: “O domingo é o dia de repouso”, e o guarda, está fazendo um ídolo contra o dia de repouso de Deus.

O terceiro mandamento e a sua interpretação

O terceiro mandamento “não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão” (Dt. 5:11), não pode ser guardado perfeitamente por não tomar o nome de Deus em vão. Este mandamento significa que nós não devemos tomar o nome de Jeová em vão e sim tomá-lo sagradamente. A respeito de chamar o nome de Jeová em vão e de chamá-lo sagradamente, vamos estudar o seguinte:

2Cr. 2:4 『Eis que estou para edificar a casa ao nome do SENHOR, meu Deus, e lha consagrar.』

1Rs. 8:30, 34-36 『Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar (templo); ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa. […] ouve tu nos céus […]』

1Rs. 9:3 『Santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre.』

Êx. 20:24 『Em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.』

O lugar onde tem o nome de Jeová é o templo. Somente nesse templo, o povo chamava o nome de Jeová, e sim o chamava sagradamente segundo os estatutos estabelecidos. Se alguém, que não guarda estes estatutos, seguir os estatutos dos homens, dizendo: “Esta semana é a semana de oração em que nós recebemos o perdão dos nossos pecados cometidos durante um ano”, “Este dia é o dia de repouso para a grande bênção” ou celebrar a santa ceia a seu jeito, dizendo: “Este pão e vinho são o corpo e o sangue de Jesus que nos redimiu”, esse está tomando o nome de Deus em vão, profanando a divindade de Deus. Como está escrito:

Dt. 16:1-6 『Senão no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol, ao tempo em que saíste do Egito.』 Por estar escrito assim, se nós guardarmos a santa ceia no dia em que Jesus estabeleceu a nova aliança, e exaltarmos o seu nome sagradamente, quanta beleza será isto!

Portanto, o terceiro mandamento também passa a ser violado ao ser quebrado o primeiro mandamento. Em outras palavras, embora tendo o dia de repouso de Jeová, se alguém guardar o domingo, dizendo: “Este dia é o santo dia de repouso de Jeová”, esse está fazendo um ídolo, e também tomando o nome de Jeová em vão. Porém, se for a pessoa que guarda o dia de repouso, não importa ter um culto no domingo.

Assim desta maneira, aquele que celebra a santa ceia no dia que Jesus deu por Nova Aliança, mesmo fazendo-a em outros dias, isso não é um ídolo nem o ato de tomar o nome de Jeová em vão. As explicações detalhadas sobre o terceiro mandamento estão incluídas também no Livro da Lei colocado junto à arca.

O quarto mandamento e a sua interpretação

O quarto mandamento “guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR, teu Deus” (Dt. 5:12-14), por estar escrito: “Porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx. 20:11), foi dado porque é o dia comemorativo do Criador.

E, antigamente, o modo de guardar o dia de repouso, que é sábado, está escrito da seguinte forma:

Nm. 28:9-10 『No dia de sábado, oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e duas décimas de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, em oferta de manjares, e a sua libação; é holocausto de cada sábado.』 E, também está escrito: “Em cada sábado, Arão os porá em ordem perante o SENHOR, continuamente, da parte dos filhos de Israel, por aliança perpétua” (Comp. Lv. 24:5-8, 1Cr. 9:32, 23:31, 2Cr. 2:4, Ez. 46:4).

Na lei de Moisés, por haver os estatutos de guardar o dia de sábado, este dia foi chamado de a festa de Deus.

Lv. 23:2-3 『Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas.』

O dia de sábado do quarto mandamento foi chamado de a festa porque, segundo os estatutos do sábado, ofereciam os holocaustos pela manhã e à tarde, junto com os pães da proposição e a libação. E, sobre a violação do dia de sábado está escrito:

Êx. 35:2-3 『Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.』

Êx. 31:15 『Qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá.』

Nm. 15:32-36 『Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado. […] Tal homem será morto; […]』 Todas estas palavras e as explicações detalhadas sobre o dia de sábado estão escritas no Livro da Lei colocado junto à arca.

Capítulo 2 A Nova Aliança e a Antiga Aliança

Se a Bíblia for interpretada em duas partes, a palavra “Antigo Testamento” significa a antiga aliança, e “Novo Testamento”, a nova aliança. E, a interpretação comum de todos os cristãos é que a antiga aliança foi abolida através da cruz, e que somente a nova aliança do Novo Testamento deve ser guardada. Por isso, se alguém guardar a antiga aliança em seu sentido literal, aceitando o ensinamento do Antigo Testamento, é um ato que será separado da graça de Cristo. Portanto, as doutrinas que nós devemos seguir devem ser encontradas no Novo Testamento, que é a nova aliança.

O ponto de referência para toda doutrina é Jesus. Todas as lições que Jesus Cristo, nosso Salvador, ensinou pessoalmente, devem ser os ensinamentos para nós. E também devemos seguir os exemplos dos discípulos que foram diretamente ensinados por Jesus. Com o pensamento de fazer melhor, ignorar os ensinamentos deles e acrescentar as opiniões dos homens é uma heresia. Como está escrito:

Gl. 1:6-9 『[…] mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. […] e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.』

Com o decorrer do tempo, as verdades começaram a ser mudadas, uma por uma. Assim como Jesus havia profetizado que um inimigo, Satanás, semearia joio depois que ele tinha semeado a semente do evangelho do reino (Ref. Mt. 13:24-30), a verdade da vida chegou a ser escurecida depois da época apostólica, e no ano 167 d.C., a Páscoa foi mudada para outro dia. O Vaticano, que tinha a supremacia sobre a igreja, e o Dr. Kidd, deram um veredito que declarava herege a todo o que celebrava a santa ceia no dia catorze do primeiro mês (Nisã) segundo o calendário sagrado (Ref. “A History of the Early Church to A.D. 500” págs. 82-83).

Desde então, os malvados planos de Satanás prosperaram, e até o dia de repouso foi mudado do sábado para o domingo. A Páscoa foi mudada no ano 167 d.C., e o dia de repouso, no ano 321 d.C. Mas, a verdade de Deus não pode ficar pisoteada para sempre. De acordo com a profecia, a luz da verdade começou a aparecer em seu devido tempo. Lutero revelou a liberdade da fé, e a igreja batista, o batismo, e a igreja adventista do sétimo dia, o dia de repouso. Por fim, o que falta é a cerimônia da santa ceia da Páscoa que conduz à vida. Nós, revelando a última verdade, a Páscoa, e pregando-a aos que buscam a verdade da vida, devemos preparar caminho para a última vinda de Jesus. E, também devemos entrar na vida eterna após sermos purificados através do sangue do Cordeiro da Páscoa.

Agora, estas boas novas que estamos pregando, não são algo novo, mas sim o evangelho que Jesus Cristo ensinou e que os apóstolos pregaram. Está escrito:

Fp. 4:9 『O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.』

1Co. 11:23-26 『Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.』 (Comp. Lc. 22:7-20)

A questão importante da Nova Aliança é a santa ceia da Páscoa. Jesus e o apóstolo Paulo chamaram a santa ceia da Páscoa de a Nova Aliança.

Capítulo 3 Os Estatutos da Nova Aliança

A Nova Aliança completa a antiga aliança; os estatutos antigos da letra se transformaram nos estatutos do Espírito. Está escrito:

1Co. 5:7-8 『Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa […]』

Hb. 7:12 『Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.』

O sacerdócio da letra se tornou o sacerdócio do Espírito Santo. Jesus Cristo escolheu a Páscoa, pela qual os israelitas saíram do Egito, para que a lembrássemos como o dia da libertação deste mundo de pecados (Egito), e celebrou a última ceia da Páscoa com os seus discípulos e a instituiu como Nova Aliança (Comp. Lc. 22:7-13, 19-20, Êx. 13:8-10).

A Páscoa celebrada por Jesus, no lugar de comer um cordeiro, fez com que comêssemos um pão que representa seu corpo, e no lugar de utilizar o sangue de um cordeiro jogando no altar e no seu povo, fez com que bebêssemos um vinho que representa seu sangue para nos purificar, para nos tornar “o templo onde o Espírito Santo deverá residir”. Assim desta maneira, por Jesus ter nos dado os estatutos da Nova Aliança, nós devemos lembrar e anunciar esse dia (Comp. 1Co. 11:23-26, Lc. 22:15-20, Jo. 6:53-55).

Se a Páscoa não tivesse que ser celebrada no dia determinado, Jesus nos teria dado exemplo guardando-a em qualquer dia. Mas, para nos mostrar o seu exemplo, Jesus esperou a Páscoa e disse: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (Lc. 22:15). Esta palavra mostra que Jesus não poderia ter cumprido a sua obra sem a Páscoa, por isso disse que havia esperado ansiosamente por esse dia para comer a Páscoa com seus discípulos. Portanto, esta cerimônia é descrita como a festa de comer a Páscoa (Ref. Lc. 22:8-15, Mt. 26:17, Mc. 14:12-14).

O décimo quarto dia do primeiro mês do calendário judaico vinha sendo lembrado sacrificando o cordeiro pascal durante longos 1500 anos; nesse dia, Jesus Cristo comemorou a Festa da Páscoa junto com seus discípulos e estabeleceu esta festa como o dia comemorativo da sua morte, como o cordeiro de Deus que carrega consigo os pecados do mundo. Jesus Cristo selou a cerimônia da santa ceia da Páscoa com a Nova Aliança estabelecida através da sua obra da expiação.

O pão da Páscoa representa o corpo de Jesus crucificado e o vinho da Páscoa, o seu precioso sangue derramado na cruz. A Páscoa é uma cerimônia pela qual nos mostra claramente seu grande amor da expiação. Jesus, sobre a importância da cerimônia da santa ceia da Páscoa, disse como segue:

Lc. 22:19-20 『E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.』

Jo. 6:53-56 『Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.』

As palavras acima nos mostram que Jesus selou na cerimônia da santa ceia da Páscoa, o seu corpo que seria crucificado e o seu precioso sangue que seria derramado na cruz, como o cordeiro da Páscoa. Portanto, através desta cerimônia permanecemos em Jesus e recebemos a vida eterna tendo a promessa de sermos ressuscitados no último dia.

E, tomando o cálice, Jesus disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lc. 22:20). E explicou detalhadamente sobre o vinho como segue:

Jo. 15:5 『Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.』

Esta palavra foi dita por Jesus dando o vinho na última ceia. Através de seu grande amor de expiação, Jesus estabeleceu a Nova Aliança na cerimônia da santa ceia da Páscoa, e disse:

Jo. 13:34 『Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.』

Jo. 15:12 『O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.』

Jo. 13:13-15 『Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.』

Jesus disse em João 13:34: “Novo mandamento vos dou”, e em Lucas 22:20: “O cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós”; o novo mandamento escrito em João é a nova aliança em Lucas. Por isso, nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas se encontra “a nova aliança” no lugar de “novo mandamento”, enquanto no livro de João se acha “novo mandamento” no lugar de “a nova aliança” (Jo. 13:34; 15:10-12). A nova aliança, ou, novo mandamento, indica a Páscoa que é uma comemoração de nosso Redentor, através da qual nós amamos Jesus como ele nos ama e também nós nos amamos uns aos outros nele.

1Co. 10:16-17 『Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.』 Esta cerimônia não é apenas para amarmos nossos irmãos, mas também para nos tornarmos um só corpo em Jesus.

Ninguém odeia seu próprio corpo, e se nos tornarmos um só corpo em Jesus, assim como amamos o nosso corpo, podemos amar os nossos irmãos como se fossem o nosso próprio corpo.

A Páscoa e a última ceia

Alguns insistem em dizer que Jesus não celebrou a última ceia no dia da Páscoa e sim no dia anterior, no dia 13, no crepúsculo da tarde. Mas nos livros de Mateus, Marcos e Lucas, Jesus disse claramente: “Preparem a Páscoa” e “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa” (Comp. Mt. 26:17, Mc. 14:12, Lc. 22:7-8, 13-14). Será que é possível negar as palavras ditas pelo próprio Jesus?

Alguns dizem que Jesus foi crucificado no dia da Páscoa. O motivo disso é por Jesus ser o cordeiro pascal, e por isso acham que ele deveria ser sacrificado no dia em que um cordeiro é sacrificado. Esse tipo de interpretação mostra a falta de conhecimento sobre as festas relacionadas com a redenção de Jesus e sobre as profecias cumpridas pelas obras de Jesus, que se tornou a oferta de sacrifício. Se verificarmos o cumprimento das profecias, a oferta de expiação tem um significado mais importante do que o sacrifício como cordeiro pascal. A oferta de expiação tinha que ser sacrificada no décimo dia do sétimo mês do calendário sagrado (Comp. Hb. 13:11-12, Lv. 16:27-34). Então, Jesus, que também se tornou a oferta de expiação, não deveria ser crucificado no décimo dia do sétimo mês, no Dia da Expiação?

Na verdade, Jesus se tornou todos os sacrifícios das festas; tornou-se a oferta diária queimada (Êx. 29:38-39), o cordeiro oferecido no sábado (Nm. 28:9-10), o cordeiro pascal (1Co. 5:7-8) e a oferta de expiação. Mas, para o cumprimento da profecia, o dia da morte de Jesus deveria ser no décimo quinto dia do primeiro mês pelo calendário sagrado.

Os judeus, pois a Páscoa era o maior dia deles, não podiam crucificar um criminoso nem deixavam-no ser crucificado nesta Páscoa que era a sua maior festividade. Na época apostólica, está escrito que, quando o apóstolo Pedro foi encarcerado, por ser o dia da Páscoa, os judeus esperaram a Páscoa passar (Ref. At. 12:1-10). Porém, o décimo quinto dia do primeiro mês do calendário sagrado, a Festa dos Pães Asmos, era o dia em que os israelitas haviam partido do Egito (Nm. 33:3), e o dia da cerimônia fúnebre dos primogênitos dos egípcios que haviam morrido (Nm. 33:4), e por isso, crucificar um criminoso nesse dia era um ritual. Jesus, sob a maldição que os pecadores haviam de receber, sendo crucificado, salvou todos nós que estávamos sob essa maldição. Está escrito:

Gl. 3:13 『Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).』(Comp. Dt. 21:22-23)

Se estudarmos cuidadosamente vários versículos da Bíblia, podemos saber que Jesus foi crucificado no dia seguinte à Páscoa, no dia da Festa dos Pães Asmos. Portanto, o dia no qual Jesus comemorou a última Páscoa, foi o dia em que era sacrificado o cordeiro pascal, no crepúsculo da tarde do décimo quarto dia do primeiro mês do calendário sagrado. Está escrito:

Mc. 14:12 『E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?』

A Páscoa do Antigo Testamento é uma sombra da Páscoa do Novo Testamento

Seguindo o rastro da Páscoa que os israelitas do Antigo Testamento haviam guardado, vemos a história dos israelitas na qual guardaram pela primeira vez a Páscoa no Egito, realizando-se o Êxodo (Êx. 12:12-42), e no deserto, após erguerem o tabernáculo, no segundo ano, guardaram a Páscoa (Comp. Êx. 40:1-25, Nm. 9:1-14). No fim dos quarenta anos no deserto, antes da entrada na terra de Canaã, guardaram a Páscoa nas campinas de Jericó (Js. 5:10-15). Porém, depois de entrarem em Canaã, os israelitas não obedeceram às ordens de Deus, não guardaram a Páscoa, e passaram a adorar ídolos, pensando que eles eram deuses. Nos dias dos reis Josias e Ezequias, que passaram a compreender a Páscoa através dos profetas, os israelitas guardaram a Páscoa, e destruíram todos os ídolos (Comp. 2Rs. 23:1-25, 2Cr. 30:1-27, 31:1). E, os israelitas que estavam cativos na Babilônia, voltando da Babilônia para Israel, construíram o templo e guardaram a Páscoa sagradamente (Ed. 6:14-22). E ainda mais, observando que Jesus guardou a Páscoa da Nova Aliança com os seus discípulos (Comp. Lc. 22:7-20, 1Co. 11:23-26), podemos ver que em toda a grande obra cumprida por Deus, a sua vontade se revelou através da Páscoa.

Porém, a Páscoa do Antigo Testamento é uma sombra, e a importante questão da realidade da Páscoa está na época do evangelho. Quando temos um pleno entendimento sobre as histórias passadas como sombra, podemos entender como é o processo da redenção de Jesus. Resumindo, a vivência dos israelitas no deserto durante quarenta anos após o Êxodo, era para mostrar os acontecimentos durante 2000 anos na época do evangelho.

Na história dos quarenta anos no deserto, se observarmos apenas sobre a Páscoa, podemos ver como segue: Em outras palavras, a Páscoa que os israelitas guardaram logo antes do Êxodo é uma sombra; a sua realidade é a última Páscoa que Jesus celebrou com os seus discípulos, e a Páscoa guardada no deserto do Sinai no segundo ano (Nm. 9:1-14) é uma sombra; a sua realidade é a Páscoa da Nova Aliança que os apóstolos guardaram depois da ascensão de Jesus. E a Páscoa, que os israelitas guardaram nas campinas de Jericó antes de entrar na terra de Canaã no final dos quarenta anos no deserto, é uma sombra; a sua realidade é a Páscoa, que os restantes precisam cumprir antes de entrar na Canaã celestial nos últimos dias da época do evangelho.

Portanto, o fato de Moisés ter levado os israelitas físicos ao deserto do Sinai depois de guardar a Páscoa no Egito era uma sombra para mostrar que Jesus levaria os israelitas espirituais ao deserto da fé, carregando a cruz depois de celebrar a última Páscoa com os seus discípulos.

A Páscoa pela qual a morada de demônios pode ser descoberta

O apóstolo João escreveu sobre o aparecimento da verdade pela qual é possível ver a morada e o covil de demônios, como segue:

Ap. 18:1-3 『Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável, […]』

Está escrito: “A terra se iluminou com a sua glória”. Aqui, a sua glória significa a luz que pode revelar a morada de demônios, covil de todo espírito imundo e abominável.

O rei Josias serviu aos demônios e a Baal durante dezoito anos, não percebendo que o templo de Deus tinha se tornado uma morada de demônios e uma prisão de espíritos imundos e abomináveis (2Rs. 23:1-7). Porém, após guardar a Páscoa, ao olhar com seus próprios olhos o templo de Deus, compreendeu que havia se transformado em uma morada de demônios, e destruiu todos os demônios. Depois de guardar a Páscoa, destruiu todos os ídolos, feiticeiros e médiuns da terra de Judá (2Rs. 23:21-25).

Por isso, a glória em Apocalipse 18:1-3 é a luz da verdade da santa ceia da Páscoa através do precioso sangue de Jesus derramado na cruz. Na verdade, se compreendermos esta verdade, podemos descobrir a morada de demônios como se estivéssemos vendo-a com os nossos próprios olhos. Portanto, em qualquer época, se o povo guardar a Páscoa, os outros deuses serão destruídos; e adorando somente a Deus que é um só, estarão obedecendo o primeiro mandamento. Nos dias de hoje também, da mesma forma, se compreendermos e guardarmos a Páscoa, os nossos olhos espirituais se abrirão, e não apenas compreenderemos sobre os ídolos que adorávamos inconscientemente, mas também veremos e abominaremos os ídolos dentro das igrejas. Por isso, o que Satanás mais detesta é a Páscoa.

Satanás tanto nos tempos antigos como nos dias de hoje, faz todo o esforço e utiliza todo tipo de artifício para tentar abolir a Páscoa. A razão disso é porque a Páscoa foi estabelecida na época do Êxodo, como juízo contra todos os outros deuses. Se guardarmos a Páscoa anualmente, nenhum outro deus poderá entrar em nós.

Jesus, nesse dia, deu aos discípulos seu corpo que seria crucificado, e seu precioso sangue que seria derramado na cruz, tirando a autoridade de Satanás e dando-a aos discípulos como Nova Aliança, e se seus discípulos guardarem os estatutos da Nova Aliança, Satanás receberá a destruição; e se esta Nova Aliança não for guardada, Satanás pegará a autoridade da igreja, e para que o povo de Deus não possa ser salvo, utilizará uma política opressiva, e nos fará esquecer do dia da comemoração do nosso Redentor que nos dá a salvação.

Moisés, em frente à assembleia de Israel, ao advertir pela última vez, disse sobre os falsos profetas que apareceriam após a sua morte como segue:

Dt. 13:5 『Esse profeta ou sonhador será morto, pois pregou rebeldia contra o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o SENHOR, vosso Deus, para andardes nele. Assim, eliminarás o mal do meio de ti.』

Esta palavra “esse profeta ou sonhador será morto, pois pregou rebeldia contra o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão”, aponta aqueles que incitam o povo a não guardar a Páscoa.

Chegando à época do evangelho, sobre os falsos profetas que apareceriam futuramente, o apóstolo Pedro disse:

2Pe. 2:1 『Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.』

Na palavra “renegarem o Soberano Senhor que os resgatou”, esses são os que traíram a santa ceia da Páscoa estabelecida pelo grande mérito da expiação. E sobre isso o apóstolo Paulo escreveu: “De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hb. 10:29).

E, “aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi sacrificado”, indica a pessoa que considera a cerimônia da Páscoa como algo desprezível. Nos dias de hoje também, Satanás utiliza todos os artifícios para impedir o povo de Deus de lembrar o dia do Redentor, no qual foi santificado pelo sangue da Nova Aliança, para recuperar o poder que lhe foi tirado pela crucificação de Jesus. Dessa maneira, o objetivo de Satanás é impedir que o povo de Deus compreenda a obra de mediação do sumo sacerdote no santuário celestial, para não poder comunicar-se com Jesus.

Satanás, para que não possamos pensar no que devemos saber e cuidar, desvia nossos corações através de suas armadilhas, mantendo-nos ocupados com outras coisas. Este líder enganador odeia a grande verdade que mostra o sacrifício de expiação e a obra de mediação do Todo-Poderoso.

O santuário terreno é uma sombra do santuário celestial e Jesus Cristo ora para o seu povo que está na terra, nos dias em que Ele mesmo cumpriu suas obras, segundo as sete festas de três tempos (Ref. Hb. 7:25, Rm. 8:26-27, 34, Is. 53:12); e Jesus passa o coração do Pai aos filhos da terra que compreendem e põem em prática a verdade, e faz com que os filhos da terra voltem o seu coração ao Pai, que está nos céus. Portanto, a Páscoa é uma profunda e surpreendente verdade.

Se guardarmos a santa ceia da Páscoa da Nova Aliança, primeiro, recebemos a redenção desta terra de pecados através do sangue de Jesus, segundo, chegamos a guardar o primeiro mandamento servindo só a Deus, pois todos os outros deuses são destruídos, e terceiro, temos direito à árvore da vida e à cidade santa através do sangue do Cordeiro da Páscoa. E também, nos últimos dias, se torna um selo pelo qual podemos escapar das últimas sete pragas (Ref. Hb. 10:19-20, Êx. 12:13-14, Ez. 9:4-7, Ap. 7:14, Ap. 22:14).

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